Visitas Guiadas
2022


Navegue pelas Rotas Brasileiras através de audioguias temáticos. Elaborados e narrados pelas especialistas Ariana Nuala, Djeguaka Xondaro, Henrique Menezes e Ludimilla Fonseca, sete roteiros de visitação propõem uma experiência imersiva que permeia os artistas e as obras expostas. Ouça antes, durante ou depois do seu passeio e descubra mais sobre assuntos essenciais da arte brasileira. Confira:


E a festa que se deseja

Ariana Nuala

A partir de manifestações da rua, sejam festejos “populares”, movimentos políticos ou até mesmo no cruzamento entre esses dois espaços, este audioguia reforça a importância dos ritos que envolvem fazeres artísticos. Práticas que insistentemente revisitam e acionam coletividades contra-hegemônicas e o deslembrar de distrações coloniais.


Das pedras dos mantos, as agências incontroláveis

Ariana Nuala

 

Atento aos movimentos que surgem do encontro entre corpos, mirando para fenômenos da natureza que desestabilizam a separação entre espécies e as diferentes geografias, o audioguia reflete sobre quais transformações nas categorias de arte são possíveis a partir de práticas que envolvem ações não-humanas, como as do fogo, da água e do vento.


Rotas Indígenas Brasileiras

Djeguaka Xondaro

Patrocinado pela Vivo, o audioguia trata de obras de artistas dos povos originários presentes na SP-Arte Rotas Brasileiras. Ao enfatizar contextos culturais e demandas indígenas, considera-se essa produção artística como ação capaz de transformar a realidade.


Fotografia, encenação e verdade

Henrique Menezes

Partindo do pensamento de Susan Sontag apresentado em “O heroísmo da visão”, este audioguia percorre o trabalho de artistas que problematizam a ideia de realidade e realismo na fotografia e o seu contraponto: a alternativa da encenação.


Estética do frio e tropicalidade

Henrique Menezes

A imagem do Brasil é traduzida pelo clichê da tropicalidade, do calor e da cor. Entretanto, tal ideia corrente diz muito pouco a respeito do Sul. O inverno rigoroso, por sua vez, atribui identidade, tradição e unidade. Metáfora amplamente definidora, o frio nos toca em nossa heterogeneidade – seja como fenômeno ou como conceito.


Da precariedade vivemos

Ludimilla Fonseca

Refletir sobre o precário como sintoma do neoliberalismo é uma importante chave de leitura para pensar a arte hoje. Porém, não seria a precariedade uma questão histórica das artes no Brasil? Atravessando os conceitos de arte naïf e popular, este audioguia tece um paralelo entre o artista autodidata do modernismo e o artista freelancer do contemporâneo.


Fora do lugar

Ludimilla Fonseca

Este audioguia aborda o deslocamento de objetos cotidianos nas práticas artísticas. Não como procedimento duchampiano, mas como estratégia para questionar hierarquizações, repensando a noção de que determinadas materialidades (e grupos sociais a elas conectadas) pertencem a contextos exclusivos e que, como tais, não devem se misturar.