Saiba mais sobre as principais mostras coletivas e individuais que Masp, Pinacoteca e MAM apresentam ao longo deste ano

14 jan 2019, 17h45

O ano mal começou, mas algumas das principais instituições culturais de São Paulo já divulgaram suas grades expositivas. O Museu de Arte de São Paulo (Masp) dedica 2019 às mulheres, com mostras coletivas e individuais de algumas das principais artistas do cenário brasileiro e internacional, como Tarsila do Amaral, Lina Bo Bardi e Djanira da Motta e Silva. Já a Pinacoteca de São Paulo trabalha a relação entre arte e sociedade, ao analisar as dimensões sociais da prática artística. O artista alemão Joseph Beuys é destaque nessa programação ao integrar a mostra “Escola da arte: experimentos sobre coletividade”, que pretende examinar as fronteiras entre arte, ativismo e crítica social. Por fim, o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) articula peças do acervo para compor recortes históricos importantes para o atual contexto da arte.

Saiba mais sobre as exposições de 2019 nas três instituições:


masp

De abril a julho: “Tarsila popular”

Com cerca de 120 trabalhos, a exposição propõe uma nova perspectiva da obra da paulista Tarsila do Amaral. Sem ignorar os aspectos modernistas canônicos e formais de seu trabalho, o projeto busca enfatizar personagens, temas e narrativas retratados, especialmente em relação a questões sociais, políticas, raciais e de classe, bem como chamar atenção para as aproximações com a arte popular e vernacular. A curadoria fica a cargo de Adriano Pedrosa, diretor artístico do museu, e Fernando Oliva.

De abril a julho: “Lina Bo Bardi: habitat”

Co-organizada pelo Masp, Museo Jumex (Cidade do México) e Museum of Contemporary Art (Chicago), esta é uma exposição panorâmica da arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi. Reinterpretando conceitos do modernismo europeu à realidade latino-americana, ela mergulhou no contexto e no habitat brasileiros para criar uma linguagem inédita no design e na arquitetura do país. Com curadoria de José Esparza Chong Cuy (MCA), Julieta González (Museo Jumex) e Tomás Toledo (Masp)

De agosto a novembro: “Histórias das mulheres, histórias feministas”

A principal mostra do ano, que dá o tom à grade expositiva do museu, será dividida em duas partes, definidas por um recorte histórico. “Histórias das mulheres” inclui peças de diferentes estilos e origens, produzidas entre os séculos XVI e XIX, incluindo retratos, naturezas-mortas e paisagens, além de cenas históricas e religiosas. Como diálogo e contraponto, “Histórias feministas” reúne artistas de diferentes nacionalidades que trabalham no século XXI em torno das ideias de feminismo ou em resposta a elas. Com curadoria de Lilia Schwarcz, Isabella Rjeille e Mariana Leme.

Outras exposições

A paulista Djanira da Motta e Silva (março a maio), a carioca Anna Bella Geiger (novembro a março 2020), a portuguesa Leonor Antunes (dezembro a março 2020) e a alemã radicada na Venezuela Gertrude Goldschmidt (dezembro a março 2020) também são homenageadas no programa do Masp em 2019.


Pinacoteca

De fevereiro a abril: Exibição de peças doadas

A partir de fevereiro, a Pinacoteca exibe peças doadas à instituição por grupos de patronos ou por coleções privadas. Obras de Marcius Galan, Débora Bolsoni, Regina Parra e Matheus Rocha Pitta serão expostas nesse contexto. Inédita ao público da Pinacoteca, “Lição de mímese” (2004-2006), de Bolsoni, foi doada ao museu pelo Grupo Iguatemi durante a SP-Arte, em 2017.

De março a julho: Ernesto Neto

A retrospectiva de Ernesto Neto, um dos principais nomes ligados à escultura contemporânea brasileira, ocupa a Galeria temporária e o Octógono, na Pina Luz, a partir do fim de março. Com curadoria de Jochen Volz, diretor da instituição, e Valeria Piccoli, o conjunto reúne cerca de cinquenta obras, produzidas desde os anos 1980, início da carreira do artista que se consagrou ao trabalhar a relação entre a arquitetura do espaço expositivo e a dimensão física do espectador. Destaque para a apresentação de um obra inédita, baseada em “Um sagrado lugar”, exibida pelo artista na 57ª Bienal de Veneza, em 2017.

De agosto a outubro: “Escola da arte: experimentos sobre coletividade”

O alemão Joseph Beuys, um dos mais influentes nomes da segunda metade do século XX, é o grande protagonista dessa exposição que articula conceitos do artista como o de escultura social. Desenvolvida em torno de três eixos, “Escola da arte” explora proposições e experiências artísticas pensadas enquanto irradiações, diretas ou indiretas, da produção do alemão. Além das peças de Beuys, a mostra reúne trabalhos de artistas contemporâneos que, de alguma maneira, reformulam e expandem a ideia de que a arte é um campo de conhecimento, investigação e experimentação transformador do mundo. Com curadoria de Amanda Arantes, Fernanda Pitta e Jochen Volz.

Outras exposições

A Pinacoteca recebe ainda exposições do paulista Artur Lescher (de março a junho na Pina Estação), da artista e escritora portuguesa Grada Kilomba (junho a setembro), do baiano Marepe (de julho a outubro), do catalão Adriá Juliá (outubro), do argentino León Ferrari (outubro), entre outros.


MAM

De janeiro a março: “Novas aquisições do acervo”

Com curadoria de Felipe Chaimovich, a exposição apresenta as aquisições mais recentes do museu, sobretudo nos últimos cinco anos. As obras reunidas indicam linhas importantes na coleção do MAM, entre elas a relação histórica da instituição com a abstração geométrica no Brasil, com os mitos e paisagens do país, e também com a contestação da racionalidade. Entre os artistas selecionados, estão nomes como Avaf, Lothar Charoux, Mauro Restiffe, Sandra Cinto e Laura Lima.

De janeiro a abril:  “Passado/futuro/presente: arte contemporânea brasileira no acervo do MAM”

A partir de um recorte de obras do acervo do museu, os curadores Vanessa Davidson e Cauê Alves apresentam um panorama da recente produção artística do país, com peças produzidas entre 1990 e 2010. Como o título sugere, “Passado/futuro/presente” ilustra como os artistas contemporâneos brasileiros mantêm diálogos com as tradições artísticas do passado, enquanto olham para o futuro com uma perspectiva global. A mostra é uma parceria entre o MAM e o Phoenix Art Museum, no Arizona (EUA).

De abril a agosto: “Os anos em que vivemos em perigo”

Com curadoria de Marcos Moraes, a mostra reúne obras da coleção do MAM produzidas entre 1967 e 1969, período de recrudescimento do regime militar no Brasil. As peças são acompanhadas por documentos e filmes do período. O objetivo é criar relações e apresentar como aspectos políticos eram incorporados aos trabalhos dos artistas brasileiros na época.

 

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