Denise Mattar, Jacopo Crivelli Visconti, Luisa Duarte, Paulo Miyada, Ricardo Resende, Tiago Mesquita escolhem suas obras favoritas nesta edição do Festival!

13 abr 2018, 19h47

Conversamos com seis curadores que compartilharam suas obras e artistas preferidos da SP-Arte/2018. Confira o que eles disseram!


Denise Mattar

“Dos internacionais, os artistas que acho mais interessantes são o Ai Weiwei [Neugerriemschneider] e o Georg Baselitz [White Cube]. Também tem um artista que me chamou muito atenção, o Stefan Balkenhol [Stephen Friedman], que trabalha com madeiras recortadas. Ele tem uma visão curiosa com uma certa melancolia. Gostei demais do setor Repertório, porque traz artistas esquecidos como a Ione Saldanha [Almeida e Dale] e o Abelardo Zaluar [Colecionador Escritório de Arte]. São trabalhos de qualidade, porém menos lembrados. Dos modernos, destaco Flávio de Carvalho e Tarsila do Amaral, na Almeida e Dale, além do Volpi na Dan Galeria. Gostei muito do Solo também: Marina Weffort [Cavalo] e Bruno Faria [Periscópio]”.


Jacopo Crivelli Visconti

Mladen Stilinovic [Espaivisor] é um artista do leste europeu e, ao meu ver, um dos mais interessantes do antigo bloco soviético. Lorraine O’Grady [Alexander Gray] é uma artista americana negra, que foi uma das primeiras a reivindicar outro lugar para as mulheres negras não apenas na sociedade mas também na produção de arte contemporânea no contexto institucional e de mercado. O Daniel Steegmann Mangrané [Mendes Wood DM] trouxe uma série de cortinas. O Maxwell Alexander [A Gentil Carioca] é um artista muito jovem do Rio que conseguiu se formar e criar uma produção dentro da favela da rocinha. O trabalho dele fala sobre esse contexto. Outro que merece destaque é o Stefan Balkenhol [Stephen Friedman], que atualiza a tradição alemã de escultura entalhada e pintada”.


Luisa Duarte

“Dos estrangeiros, destaco Ibrahim Mahama [White Cube], Kishio Suga [Mendes Wood DM], Carlos Bunga [Galería Elba Benitez]. Entre os nacionais, Maxwell Alexandre [ A Gentil Carioca] e Marina Weffort [Cavalo], além da performance da dupla Protovoulia, no setor dedicado à ela”.


Paulo Miyada

“Numa primeira impressão, destacaria Horácio Frutuoso [Balcony], Pedro Wirz [Blank] e Raquel Nava [Portas Vilaseca], no Solo, e Luiz Paulo Baravelli [Galeria Marcelo Guarnieri], no Repertório. No setor Geral é mais difícil de destacar porque é muita coisa, mas a Regina Parra [Galeria Millan] me surpreendeu pelo impacto empático da obra e sua capacidade de refratar o atual momento histórico. Dan Flavin, Cildo Meireles e Kishio Suga [Mendes Wood DM] estão com obras históricas das quais seria incrível partir para refletir a arte do passado recente e do presente”.


Ricardo Resende

Igor Vidor [Luciana Caravello], Cristiano Reinhardt [Amparo 60] e o meu grande destaque para o Bruno Faria [Periscópio], que é o trabalho mais provocativo do Festival. O carioca Igor Vidor e o pernambucano Bruno Faria têm em comum, em suas poéticas, a política. Igor expõe a violência da cidade do Rio de Janeiro, fala do absurdo dessa experiência humana através do inusitado das armas usadas para cometer os crimes. Bruno faria é irônico, sarcástico e bem-humorado diante das mazelas do nosso país ao trazer a Brasília, carro que foi sucesso de vendas nos anos 1970. Ao mostrá-lo corrompido pela erosão, ele fala de um sonho que não se concretiza, dilacerado pela corrupção que assola a cidade de Brasília”.


Tiago Mesquita

“Eu destaco três momentos especialmente interessantes do festival. O primeiro é uma pintura do Volpi: um São Francisco muito bonito, bem próximo da pintura medieval e muito mística. Gostei muito de uma parede na galeria David Zwirner com os trabalhos em lã do Fred Sandback, uma escultura do Dan Flavin e uma pintura do Josef Albers. Gostei muito – mas muito mesmo – do trabalho do Marcellvs L. [Galeria Luisa Strina]. É uma imagem quase perfeita da alienação contemporânea. É um vídeo de um menino está com o olho pregado no videogame enquanto uma tempestade está caindo. Por fim, gostei muito de ver os artistas mexicanos na galeria Kurimanzutto: Gabriel Orozco, Gabriel Kuri e Damián Ortega“.

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