Ações do Grupo EmpreZa no interior paulista e as imagens impactantes de Sebastião Salgado são alguns dos destaques deste mês!

12 jul 2019, 15h07

No mês das férias estudantis, galerias, instituições e espaços alternativos de arte esquentam a agenda de exposições. Entre performances, pinturas e fotografias, listamos algumas mostras abertas (ou ainda por inaugurar) neste mês de julho, incluindo indicações no Recife e Rio de Janeiro; Confira!

 

São Paulo

(1) Sebastião Salgado, no Sesc Avenida Paulista 

Em mais de cinquenta fotografias da década de 1980, algumas delas nunca mostradas ao público, o premiado fotógrafo Sebastião Salgado revela facetas de um importante capítulo da história nacional: a exploração do ouro em Serra Pelada, na Amazônia paraense, o maior garimpo a céu aberto do mundo. As imagens potentes de Salgado registram o drama da massa de trabalhadores na corrida pelo ouro e as profundas transformações na paisagem. De 17 de julho a 3 de novembro.

A mostra acontece em diálogo com a Galeria Mario Cohen, que exibe em seu próprio espaço algumas das fotografias icônicas e inéditas destacadas no Sesc. De 19 de julho a 21 de setembro.

 

(2) Rochelle Costi, no Solar da Marquesa – Museu da Cidade 

A artista Rochelle Costi reapresenta a obra “Ao viajante/Clínica oculística: tombo”, vista na Casa da Imagem em 2012. Ela se debruça sobre o acervo histórico de fotografias e negativos em vidro que guardam histórias de construção e desconstrução do paisagem urbana de São Paulo ao longo do século passado. Na instalação, seis arquivos dispostos pelo espaço podem ser investigados através de um olho mágico, levantando questões sobre a memória da cidade e a própria ideia de catalogação e seus modelos. De 13 de julho a 1º de setembro. 

 

(3) Helena Carvalhosa, na Millan 

Aos 81 anos, a artista Helena Carvalhosa, que já atuou como curadora e publicou livros, exibe um conjunto de vinte telas a óleo em exposição individual chamada “Sem título, sem data”. Com motivos vagos e incertos, como paisagens, espaços imprecisos e jardins, a artista enxerga a pintura como um meio para o prazer: “a pintura é a própria recompensa”, afirma Carvalhosa. Helena percorreu caminhos que abrangem escultura em tecido e em cerâmica, objetos, desenhos e pintura. De 17 de julho a 10 de agosto. 

 

(4) Grupo EmpreZa, na Fama 

O Grupo EmpreZa é um coletivo brasiliense que há quase vinte anos investiga os limites da performance. Durante o mês de julho, o grupo ocupa os ateliês da Fábrica de Artes Marcos Amaro, em Itu, convidando o público a participar das atividades experimentais que cercam suas performances. As atividades que compreendem o dia a dia dos artistas no espaço expositivo recebem o nome de Laboratório Permanente de Criação e são voltadas para a elaboração das performances. Performances: aos sábados, 6, 13, 20 e 27 de julho

 

(5) “Abraço coletivo”, no Ateliê397

“Abraço coletivo” é uma exposição que acontece esporadicamente em espaços independentes de arte, compreendendo a potência criativa de práticas horizontais e de desconstrução do lugar do artista. Com curadoria de Paula Borghi, a seleção é feita através de uma chamada aberta, onde o currículo do artista não é um fator determinante. Nesta edição, no Ateliê397, mais de 270 artistas participam, com todas as obras à venda. De 6 a 20 de julho. 

 

(6) Guilherme Callegari, na Verve 

Formado em Design Gráfico, o jovem pintor Guilherme Callegari realiza cruzamentos entre a tradição da pintura e elementos trazidos do universo tipográfico e de sua vivência no ambiente urbano. Em sua primeira individual na Verve, o artista exibe um conjunto de telas, em que experimenta materiais como tinta acrílica, grafite e caneta esferográfica. A curadoria é de Eduarda Freire, acompanhada de texto crítico de Juliana Monachesi. De 11 de julho a 17 de agosto. 

 

(7) Camilla D’Anunziata, na Aura Arte Contemporânea

Recentemente incorporada pela galeria Aura como artista representada, a primeira exposição individual de Camilla D’Anunziata – “Limiares” – propõe uma trama combinatória entre esses amuletos e tótens, convidando à exploração da interface espiritual e de autoconhecimento por meio da arte e do simbólico. Sua pesquisa interdisciplinar entrelaça elementos místicos, alquímicos, científicos e provenientes do inconsciente. De 19 de julho a 26 de agosto. 

 

Rio de janeiro

(8) Sonia Andrade, no Museu de Arte Moderna do Rio 

A artista carioca Sonia Andrade mostra uma instalação inédita criada especificamente para o espaço do MAM do Rio de Janeiro, museu onde realizou sua primeira individual nos anos 1970. A artista dispõe em nove colunas de quatro metros de altura contas de serviços básicos pagas e acumuladas entre 1968 e 2018 – como luz, gás, telefone, televisão, internet e celular – distribuídas por tipo de serviço e em ordem cronológica. “É uma materialização poética do que a pessoa paga para viver”, afirma Fernando Cocchiarale, um dos curadores da mostra. De 6 de julho a 22 de setembro. 

 

(9) Paulo Vivacqua, na Anita Schwartz

Com formação em música, o artista Paulo Vivacqua apresenta novas direções do seu trabalho, elaborado a partir de um cruzamento de linguagem sonora, visual e textual. Em “Barbapapa”, que nomeia a exposição, placas de aço revestidas de pintura automotiva são a base na qual alto-falantes emitem sons pré-verbais e fios vermelhos geram formas semelhantes aos personagens de quadrinhos e desenhos animados infantis da década de 1970. A galeria também exibe em seu andar térreo obras inéditas de Bruno Vilelaproduzidas a partir de uma viagem de quarenta dias à Índia, onde fez uma imersão na religião e na cultura daquele país. De 10 de julho a 24 de agosto. 

 

RECIFE

 

(10) Adriana Varejão, no Mamam

A mostra “Adriana Varejão – Por uma retórica canibal”, que tem curadoria de Luisa Duarte, faz parte de um projeto que pretende descentralizar o acesso à importante produção da artista carioca, exibindo 25 obras dos seus mais de trinta anos de trajetória. Essa é sua primeira individual na capital pernambucana. O recorte curatorial da exposição descortina diferentes fases de produção de Varejão, uma pesquisa cuja inflexão está centrada numa revisão histórica do colonialismo. Até 8 de setembro. 

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