Editorial
Participantes do Laboratório Curatorial relembram experiências e mostras apresentadas na SP-Arte
7 dez 2015, 17h14
Entre 2012 e 2014, a SP-Arte apresentou durante a Feira as três edições do Laboratório Curatorial.
Iniciativa única, o programa ofereceu oportunidades para jovens curadores desenvolverem e implementarem projetos de exposições, compondo um núcleo de experimentação no interior da própria Feira.
As propostas foram selecionadas por Adriano Pedrosa – atual diretor artístico do MASP. Em seguida, procedeu-se ao desenvolvimento e à execução das exposições dos curadores em seções especiais da SP-Arte, tomando como acervo obras de artistas representados pelas galerias participantes. Até a abertura da Feira, Pedrosa acompanhou o trabalho com os conceitos curatoriais e a montagem das mostras.
Desafio e oportunidade
Na primeira edição do programa, em 2012, foram selecionados os pré-projetos dos curadores Renan Araújo, Marta Mestre, Bernardo Mosqueira e Kamilla Nunes.
Para Mestre, a experiência funcionou como um “momento de contato mais aprofundado com o contexto das galerias de arte brasileiras, as idiossincrasias do mercado de arte nacional, e o ‘espaço/tempo’ de uma feira de arte”.
Segundo Araújo, o Laboratório foi “uma tentativa de ensino, de expor ao curador selecionado o funcionamento de uma parte do sistema de arte. E isso foi bem importante pra minha formação”.
Por sua vez, Nunes opina que o programa foi “um desafio e uma oportunidade”. “Desafio por se tratar de uma exposição que possui como contexto uma das maiores feiras de arte desse continente. Oportunidade por ser uma, dentre tantas possibilidades, de propor uma curadoria com o objetivo estabelecer um espaço crítico entre esses dois polos: arte e mercado.”
Na segunda edição, em 2013, foram escolhidos Fernando Oliva, Mariana Lorenzi Azevedo, Monica Espinel e Tomás Toledo.
Azevedo lembra que os curadores passaram “pela experiência de realizar uma exposição do começo ao fim, desde sua concepção até o momento da desmontagem, e tudo isso no contexto de uma feira, que tem um ritmo bastante frenético, e com a pressão de saber que milhares de pessoas passariam pela sua exposição naqueles quatro dias”.
Toledo também relembra o programa positivamente. “Participei do Laboratório Curatorial em um momento inicial da minha carreira como curador, foi um importante processo de formação, troca e, principalmente, uma aprendizagem na prática. Depois da experiência diversas oportunidades se abriram e pude estreitar meus laços profissionais com os interlocutores que participaram do programa.”
Por fim, a última edição do Laboratório Curatorial, na SP-Arte/2014, selecionou pré-projetos de Carolina Vieira e Traplev.
“Acompanhei as duas edições anteriores do programa e achava um sonho poder participar de algo assim. Um programa educativo e de formação como esse é extremamente saudável quando inserido na proposta de uma Feira de Arte, pois quebra um pouco com a lógica do mercado e traz um equilíbrio na oferta daquilo que está dado a ver pelos visitantes”, opina Vieira.
Traplev, por sua vez, lembra que “o retorno que recebi nos dias da Feira com a exposição me surpreendeu muito, compreendi que proporcionei uma reflexão muito interessante para aquele contexto”.
Premiação
Além da possibilidade de ter seus projetos realizados, os selecionados foram premiados uma viagem às Bienais de Istambul e Veneza, oportunidades ímpares para o contato contínuo com a produção artística e curatorial.
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