Editorial
O setor apresenta uma exposição com recorte histórico, desta vez focando em artistas relevantes para o contexto pós-Segunda Guerra Mundial
8 jan 2019, 16h23
O crítico e professor de história da arte Tiago Mesquita assume a curadoria do setor Repertório, na SP-Arte 2019, de 3 a 7 de abril, no Pavilhão da Bienal. Como o próprio nome sugere, este é um setor dedicado à formação de um repertório mais amplo sobre a produção de arte dos últimos anos. A ideia é criar um diálogo entre aclamados artistas internacionais menos conhecidos no Brasil e nomes historicamente relevantes para a arte brasileira, mas que não tiveram a merecida visibilidade ao longo dos anos.
Mais uma vez, o setor apresenta uma exposição com recorte histórico, desta vez focando em artistas do século XX, sobretudo nomes relevantes para o contexto pós-Segunda Guerra Mundial (entre 1950 e 1980). “Dei prioridade a artistas que pensam as vanguardas depois que as promessas utópicas da modernidade se dissiparam”, afirma Mesquita. Problemáticas peculiares ao período, tais como crises de representação e um viés conceitual de tom crítico, permeiam os trabalhos dos selecionados até então. “Fiquei menos preocupado com uma temática que amarrasse as obras e mais com a qualidade do elenco”, completa.
O curador também promete certo ineditismo: “Estou em busca de peças que não costumam ser exibidas normalmente, como formatos não usuais ou trabalhos de épocas pelas quais os artistas não são comumente conhecidos”. Em seu recorte, Mesquita prezou pela diversidade estética das obras, cuja seleção já inclui videoartistas, pintores, performers e artistas conceituais. Em breve, mais informações sobre a lista completa de nomes.
Tiago Mesquita
Tiago Mesquita é crítico de arte e professor de história da arte. Doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo, já publicou em periódicos como Revista Fevereiro, Folha de S. Paulo, Frieze (Londres), Novos Estudos Cebrap, O Público (Lisboa) e Quatro cinco um. Como curador, organizou exposições de artistas como David Drew Zingg e José Bezerra. Publicou, entre outros, os livros “Rodrigo Andrade: Resistência da matéria”, “Paulo Monteiro: O interior da distância” e “Imagem útil, imagem inútil”.
Setor Repertório
Com curadoria de Jacopo Crivelli Visconti, a segunda edição do setor apresentou um recorte artístico cronológico focando em trabalhos produzidos durante a década de 1980 e contou com a presença de nomes como Chen Zhen (Galleria Continua), Christian Boltanski (Marian Goodman) e Ione Saldanha (Almeida e Dale).
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