Shai Andrade “Marujada #5”, 2013. 84 × 120 cm, impressão sobre papel de algodão Hahnemuhle Photorag 308 gr.
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Artistas que estreiam no SP–Foto Viewing Room para ficar de olho

Felipe Molitor
24 nov 2020, 6h40

O SP–Foto Viewing Room, a exemplo de suas edições físicas, abraça todo o tipo de expressão artística que utiliza a fotografia como meio, compreendendo a pluralidade de técnicas e conceitos que expandem o campo. Sejam trabalhos históricos de artistas consagrados ou apostas de artistas em ascensão, a plataforma é ideal para compreender a versatilidade e a potência da fotografia.

Apresentamos aqui alguns dos artistas que, independentemente do tempo de carreira, participam pela primeira vez da SP-Foto, para você ficar de olho. Confira e descubra mais sobre suas pesquisas artísticas:

Acima: Shai Andrade “Marujada #5”, 2013. 84 × 120 cm, impressão sobre papel de algodão Hahnemuhle Photorag 308 gr.

Renan Benedito “Sonhos traçados”, 2018. 50 × 75 cm, fotografia

Renan Benedito “Sonhos traçados”, 2018. 50 × 75 cm, fotografia

Renan Benedito
Paulo Darzé Galeria

Com apenas 23 anos de idade, o fotógrafo soteropolitano Renan Benedito é uma das apostas do SP-Foto Viewing Room. Autodidata, seu ingresso no ofício se deu aos dezesseis, em um evento da igreja que frequenta e através de um celular. Depois, com uma câmera profissional que seu pai possuía, despertou o olhar para a beleza que a Cidade Baixa, região de sua cidade, com atenção especial para os bairros da Ribeira e Santa Luzia do Lobato, onde mora desde que nasceu.

Gretta Sarfaty “Trabalhos do corpo VII”, 1977. 35 × 108 × 4 cm, gelatina de prata sobre tela

Gretta Sarfaty “Trabalhos do corpo VII”, 1977. 35 × 108 × 4 cm, gelatina de prata sobre tela

Gretta Sarfaty
Central Galeria

Gretta Sarfaty, também conhecida como “Gretta Grzywacz” ou “Greta Sarfaty Marchant”, é uma artista multimídia greco-brasileira cuja produção ainda está por ser descoberta e devidamente estudada. Durante os anos 1970, a artista ganhou reconhecimento internacional a partir de trabalhos artísticos relacionados à body art e ao feminismo. Suas obras costumam partir de um exercício auto-ficcional intuitivo, em que o corpo feminino é deformado e questionado, tornando-se insubordinado e subversivo.

Shai Andrade “Marujada #5”, 2013. 84 × 120 cm, impressão sobre papel de algodão Hahnemuhle Photorag 308 gr.

Shai Andrade “Marujada #5”, 2013. 84 × 120 cm, impressão sobre papel de algodão Hahnemuhle Photorag 308 gr.

Shai Andrade
Verve Galeria
01.01 Art Platform

São duas oportunidades no SP-Foto Viewing Room para conhecer o trabalho da artista baiana Shai Andrade, que estreia na 01.01 Art Platform e na Verve Galeria. Há dez anos ela transita entre os campos da fotografia, do cinema e das artes visuais. Fotografou e co-dirigiu “Sacrifício Ritual: A iniciação”, o filme da artista e curadora Ana Beatriz Almeida. Nas obras que apresenta agora, Andrade faz uma reflexão visual que transita entre os campos espiritual e material do corpo e da vida.

Shinji Nagabe “Menino com cabeça prateada”, da série “Imersão” 2017. 60 × 40 cm, pigmento mineral sobre papel algodão

Shinji Nagabe “Menino com cabeça prateada”, da série “Imersão” 2017. 60 × 40 cm, pigmento mineral sobre papel algodão

Shinji Nagabe
Galeria da Gávea

Nascido no interior simples do Paraná, Shinji Nagabe é um nissei (descende de japoneses) que radicou-se em Paris para se dedicar a uma carreira internacional como fotógrafo. Sua herança multicultural é a base do seu trabalho, onde busca inserir questões de identidade e costume. Jornalista de formação, Nagabe costuma se debruçar sobre a história do território e das pessoas retratadas em cada série, sempre adicionando algum elemento fantástico ou ocultando suas faces de alguma maneira.

Gabriela Noujaim “Aonde fui e não pude estar 2020 #02”, 2020. 25 × 60 cm, impressão pigmentada sobre papel algodão

Gabriela Noujaim “Aonde fui e não pude estar 2020 #02”, 2020. 25 × 60 cm, impressão pigmentada sobre papel algodão

Gabriela Noujaim
Galeria Simone Cadinelli

A arte fotográfica também tem seu lugar poético e conceitual na produção de Gabriela Noujaim. Ainda que a artista utilize várias mídias de criação, seus questionamentos sobre reprodutibilidade, técnica e temporalidade ganham força ao manipular a fotografia. Temas como a defesa sobre a violação aos corpos, as crises políticas e desastres ambientais fazem parte de seu repertório e pesquisa.

Eustáquio Neves "Sem título", da série “Objetilização do Corpo” 1999. 160 × 110 cm, técnica mista

Eustáquio Neves "Sem título", da série “Objetilização do Corpo” 1999. 160 × 110 cm, técnica mista

Eustáquio Neves
Projeto Vênus

Eustáquio Neves é um fotógrafo e videoartista autodidata que vive em Diamantina, Minas Gerais. Nos anos 80, após formar-se em química e enquanto trabalhava numa mineradora em Goiás, passou a se dedicar à criação de técnicas fotográficas alternativas, manipulando negativos e cópias, testando misturas, sobreposições e texturas. A identidade e a memória afrodescendente, sejam as que carrega de seu avô ou sobre a história do Brasil, são temas que atravessam sua obra, que é reconhecida internacionalmente.

Felipe Morozini “#1”, da série “Eu serei outro lugar” 2020. 25 × 60 cm, impressão mineral sobre papel algodão

Felipe Morozini “#1”, da série “Eu serei outro lugar” 2020. 25 × 60 cm, impressão mineral sobre papel algodão

Felipe Morozini
Bianca Boeckel Galeria

Quem passeia pelo Parque Minhocão em São Paulo (ou passa de carro durante a semana) já conhece as icônicas frases criativas do multi-artista Felipe Morozini, que recobrem as empenas de alguns dos prédios. Transitando pela cenografia, fotografia de moda, design e as artes visuais, o artista busca extrair da selva de pedra registros afetivos e poesia. São apresentadas no SP-Foto Viewing Room três séries fotográficas de diferentes fases do percurso artístico de Morozini.

Moara Brasil “Mãe Lua”, da série “Mirasawá” 2020. 42 × 59 cm, colagem

Moara Brasil “Mãe Lua”, da série “Mirasawá” 2020. 42 × 59 cm, colagem

Moara Brasil
Nacional TROVOA

Moara Tupinambá é artivista (artista e ativista) visual, natural de Mairi Tupinambá. Seus ancestrais são nativos tapajowaras, da comunidade de Cucurunã e Boim. Radicada em São Paulo, é uma artista que trabalha com desenho, pintura, colagens, instalações, vídeo-entrevistas, fotografias, literatura e performances. Sua poética percorre cartografias da memória, identidade, ancestralidade, resistência indígena e pensamento anticolonial.


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Felipe Molitor é jornalista e crítico de arte, parte da equipe editorial da SP–Arte.

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