A feira de arte que colocou Basel no mapa mundial das artes chega à 49ª edição, arrasta multidões e leva as novidades do mercado à cidade suíça

13 jun 2018, 10h23

Cortada pelo rio Reno, fundada pelos romanos, sede de um centro histórico medieval, Basel, ou Basileia, como preferem os portugueses, seria mais uma típica cidade turística suíça não fosse um evento que juntou três letras ao seu nome e a projetou para o mundo: Art Basel. Neste ano, a maior feira de arte da atualidade chega ao 49º ano e promete atrair até 100 mil visitantes entre colecionadores, galeristas, artistas, curadores e muitos curiosos até o próximo domingo.

A Art Basel foi criada por três galeristas suíços em 1970 nos moldes da Art Cologne, principal evento do gênero na época. Logo no primeiro ano, as qualidades do projeto, as necessidades do mercado, além da privilegiada localização da cidade, colada à fronteira com França e Alemanha, atraíram 90 expositores de 10 diferentes países. Apenas 5 anos depois, já eram 300 galerias participando da edição.

A relevância e a programação da Art Basel cresceram exponencialmente nas últimas décadas. Pronta para estrear sua nova edição (a abertura para o público é dia 14/6, mas desde o dia 12 está aberta para convidados), a Art Basel tem confirmadas, apenas para seu setor principal, o Galleries, 291 galerias, de 35 diferentes países, onde serão expostas obras de mais de 4 mil artistas. Para se ter uma dimensão da grandiosidade da feira, um visitante que se propõe e dedicar pelo menos 1 minuto de atenção a cada obra do setor principal terá que visitar 70 galerias por dia de quinta a domingo, segundo cálculos dos organizadores.


Além do Galleries, a feira também apresenta setores dedicados a obras de artistas históricos, projetos solo de criadores independentes, percursos com apresentações de performances por toda a cidade e uma mostra de cinema. Um dos maiores e mais tradicionais setores da Art Basel é o Unlimited, uma plataforma inovadora que reúne obras e instalações com proporções impensáveis no limitado espaço de um estande (confira as imagens abaixo).

O Brasil é representado por sete galerias, todas elas participantes da última edição da SP-Arte: A Gentil Carioca, Raquel Arnaud, Bergamin & Gomide, Fortes d’Aloia & Gabriel, Mendes Wood DM, Nara Roesler e Luisa Strina. Entre as cidades que mais enviaram galerias à feira estão Nova York, com 50 galerias, Berlim com 29, e Londres, que tem 27 expositores.


Mas a maratona vai além de Messeplatz, o imponente pavilhão construído para sediar a feira! Os milhares de visitantes ainda precisam se dividir entre uma variedade de eventos prestigiados de arte que surgiram nos últimos anos na rebarba da feira-mãe e garantem espaço para artistas e galerias mais jovens. Entre as principais feiras-satélite que acontecem nesta semana, destaques para:

  • Photo Basel – única feira inteiramente dedicada à fotografia, reúne 35 expositores estrangeiros;
  • Scope Art Show -70 expositores de arte contemporânea a apenas 5 minutos a pé da Art Basel;
  • Design Miami / Basel – versão europeia da original norte-americana, traz o melhor da produção de design e mobiliário;
  • Liste – dedicada a jovens artistas e galerias. 79 expositores;
  • Volta 14 – também especializada em nomes mais novos do setor. São 75 projetos divididos entre solos e duplas.

O fôlego da Art Basel parece não ter fim e há tempos rompeu as fronteiras da Europa. Para dezembro já está prevista a 17ª edição da Art Basel Miami. Em março de 2019 será a vez de Hong Kong, sua sede mais nova de olho no poderoso e numeroso mercado asiático. Vida longa e fôlego redobrado à arte!

Para mais informações acesse o site oficial!

#respirearte

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