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Agenda cultural

Aberturas do mês: as exposições que começam em fevereiro

Giovana Christ
12 fev 2020, 16h42

Antes de ir aos bloquinhos carnavalescos, aproveite para visitar as exposições que inauguram no mês de fevereiro, nas galerias de São Paulo e Rio de Janeiro. Confira!

São Paulo

(01) “Tiago Tebet: From Here to Eternity… But Not”
Individual
Galeria Luciana Brito

Em um conjunto inédito de quinze pinturas, Tiago Tebet trabalha questões relacionadas ao estudo da materialidade das cores, usando padrões que remetem à decoração das texturizações manuais de parede dos anos de 1960 e 1970. O título, “From Here to Eternity… But Not”, faz referência ao artista alemão Martin Kippenberger, conhecido por priorizar a diversidade das mídias, ao invés de manter um estilo único. A partir de 1º de fevereiro, na Galeria Luciana Brito.

"Sem título" (2019), Tiago Tebet (Foto: Luciana Brito Galeria / Divulgação)
VAZIO

"Sem título" (2019), Tiago Tebet (Foto: Luciana Brito Galeria / Divulgação)

(02) “Destaques do acervo”
Coletiva
Galeria Raquel Arnaud

Pinturas, esculturas, desenhos e objetos formam o conjunto de quarenta obras exibidas no espaço principal da galeria. Fazem parte da exposição os seguintes artistas: Amilcar de Castro; Anna Maria Maiolino; Anne Blanchet; Antonio Manuel; Arthur Luiz Piza; Carlos Nunes; Carlos Zilio; Célia Euvaldo; Eduardo Sued; Elizabeth Jobim; Ester Grinspum; François Morellet; Hércules Barsotti; Iole de Freitas; Jesús Rafael Soto; Lygia Clark; Maria-Carmen Perlingeiro; Mira Schendel; Nuno Ramos; Sérvulo Esmeraldo; Tuneu; Tunga; Waltercio Caldas e Willys de Castro. A exposição fica em cartaz de 1º de fevereiro a 21 de março, na Galeria Raquel Arnaud.

Tuneu, Sem título, 1969, guache, nanquim e ecoline sobre papel, 35 x 50 cm_1
VAZIO

(03) “Portal”
Individual
Galeria Luisa Strina

Uma das salas expositivas mostra esculturas baseadas na estrutura de biombos: divisórias feitas de materiais e objetos diferentes, como paraquedas, esfregões ou bandejas de alumínio. Na segunda sala, estão expostas duas séries de desenhos datadas de 1987 e 1998. Em “Portal”, Alexandre da Cunha apresenta o conjunto de obras em posições não convencionais, com algumas peças presas perpendicularmente às paredes e, outras, flutuando sobre o chão. A mostra fica na Galeria Luisa Strina de 5 de fevereiro a 14 de março.

"Portal" (2017), Alexandre da Cunha (Foto: Galeria Luisa Strina / Divulgação)


"Portal" (2017), Alexandre da Cunha (Foto: Galeria Luisa Strina / Divulgação)

(o4) “Construção”
Coletiva
Galeria Mendes Wood DM

A coletiva reúne nomes tradicionais da galeria, como Antonio Obá, Deyson Gilbert e Lucas Arruda, convidados de outras galerias, como Flávio Cerqueira, Jac Leirner e Adriana Varejão, e artistas sem galeria, como Rodrigo D’Alcântara. Os destaques ficam para os participantes internacionais, como o americano Pope L., conhecido pelas suas performances e intervenções em espaços públicos, e a argentina Carla Zaccagnini, curadora convidada da 34ª Bienal de São Paulo. A mostra “Construção” fica em cartaz na Galeria Mendes Wood DM de 7 de fevereiro a 22 de março.

Série "Bloco de carnaval Cacique de Ramos" (1972-1978), Carlos Vergara (Foto: Mendes Wood DM / Divulgação)

Série "Bloco de carnaval Cacique de Ramos" (1972-1978), Carlos Vergara (Foto: Mendes Wood DM / Divulgação)

(05) “Já visto”
Individual
na Galeria Vermelho

Pela terceira vez com uma individual na galeria, a artista Cinthia Marcelle expõe uma série de desenhos feitos em colaboração com Rodrigo Franco. Conhecida por suas grandes instalações, também reúne trabalhos que exploram proporções mais intimistas, embora a montagem das obras acompanhe as proporção típicas de suas produções. Em novembro, Cinthia Marcelle inaugura uma grande individual no Museu Macba, em Barcelona. “Já visto” fica em cartaz de 11 de fevereiro a 21 de março, na Galeria Vermelho.

Série "Déjà vu" (2019), Cinthia Marcelle (Foto: Vermelho / Divulgação)


Série "Déjà vu" (2019), Cinthia Marcelle (Foto: Vermelho / Divulgação)

(06) “Lindo sonho delirante”
Individual
Galeria Estação

A fotógrafa Dani Tranchesi, com acompanhamento de Diógenes Moura, desenvolveu o projeto que resultou em uma exposição e uma publicação de mesmo nome, pela editora Martins Fontes. Suas fotos se concentram no Brasil, mais especificamente nas cidades de São Paulo, Belém, e na Ilha do Marajó, em Salvaterra, Joanes, Soure e Cachoeira do Arari. Em cerca de sessenta obras, Tranchesi aborda “ora a crueza de vidas e espaços de cidades metropolitanas, ora o onírico que guarda a Ilha de Marajó, onde ainda contemplar estrelas é um ato cotidiano”. Em exposição de 11 de fevereiro a 14 de março, na Galeria Estação.

"Tudo vermelho" (1968), Dani Tranchesi (Foto: Galeria Estação / Divulgação)

"Tudo vermelho" (1968), Dani Tranchesi (Foto: Galeria Estação / Divulgação)

(07) “Abraham Palatnik – obras recentes e pontuações histórias”
Individual
Galeria Nara Roesler

Aos 91 anos de idade e com sete décadas de produção, Palatnik é reconhecido internacionalmente por suas experimentações técnicas, como a elaboração de métodos inovadores para a produção de pinturas. O trabalho de Palatnik já esteve em importantes exibições no Brasil e no exterior, entre elas a 32ª Bienal de Veneza (1964), além de oito edições da Bienal de São Paulo, entre 1951 e 1969. A retrospectiva fica de 10 de fevereiro a 14 de março, na Galeria Nara Roesler.

"Sem título"(2019), Abraham Palatnik (Foto: Galeria Nara Roesler / Divulgação)


"Sem título"(2019), Abraham Palatnik (Foto: Galeria Nara Roesler / Divulgação)

(08) “Suave coisa nenhuma”
Coletiva
Galeria OMA

A coletiva reúne peças da produção de quatro jovens artistas cujas poéticas entrelaçam-se com suas próprias vidas, e vice-versa. Ana Julia Vilela traz o conceito de “obra total”, pintando duas das paredes da galeria para combinarem com seus dez trabalhos expostos. Matheus Chiaratti traz esculturas que destacam o interesse do artista pela cor, geometria e grafismos. Micaela Cyrino leva para telas e performances suas experiências enquanto mulher, negra e pessoa vivendo com HIV. Por fim, Agrippina Manhattan completa a mostra com uma peça recente em que um luminoso com a frase “Só o desejo não basta” se repete incessantemente. De 14 de fevereiro a 20 de março, na OMA Galeria.

Obras de Matheus Chiaratti (Foto: OMA Galeria / Divulgação)

Obras de Matheus Chiaratti (Foto: OMA Galeria / Divulgação)

Rio de Janeiro

(09) “Corpo poético/político”
Coletiva
Portas Vilaseca Galeria

Com curadoria de Fernando Mota, a exposição propõe discutir leituras sobre o papel simbólico e representativo do corpo humano na poética e na política dos dias de hoje. Participam da mostra: Ayrson Heráclito, Berna Reale, Bianca Turner, Jorge Soledar, Lenora de Barros, Lyz Parayzo, Maria Noujaim, Mano Penalva e Mauricio Ianês, transitando entre diferentes linguagens como a fotografia, o vídeo e a performance. “Corpo poético/político” fica em cartaz de 14 de fevereiro a 14 de março, na Galeria Portas Villaseca.

"Copo", Lenora de Barros (Foto: Portas Vilaseca Galeria / Divulgação)

"Copo", Lenora de Barros (Foto: Portas Vilaseca Galeria / Divulgação)

(10) “Poça/possa”
Individual
MAM-Rio

De brinde, uma instituição! Pela primeira vez no Rio de Janeiro, a artista Ana Paula Oliveira ocupa o Salão Monumental do Museu, expondo suas esculturas pelo chão e mudando o olhar do espectador do pé direito gigante do espaço (com oito metros) para baixo. Suas obras levantam tópicos importantes para a arquitetura como peso, estrutura, equilíbrio, massa, a relação com o espaço e com a arquitetura, usando materiais nem tão usuais, como sacos plásticos, peixes, casulos de borboletas, placas de ferro, borracha e sabão. A mostra fica no MAM, do Rio, de 15 de fevereiro a 10 de maio.

Processo do desenho de observação para exposição "Poça/possa" do MAM-Rio (Foto: MAM-Rio / Divulgação)

Processo do desenho de observação para exposição "Poça/possa" do MAM-Rio (Foto: MAM-Rio / Divulgação)


Giovana Christ é estudante de jornalismo (ECA–USP), entusiasta do carnaval brasileiro e apaixonada por todos os tipos de manifestações culturais. Faz parte da equipe editorial da SP-Arte.

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