Editorial
No mês de novembro, galerias de diferentes capitais do Brasil abrem exposições com obras que vão do modernismo à arte contemporânea
8 nov 2018, 14h18
Por Marina Bergamo
No mês de novembro, galerias de diferentes capitais do Brasil abrem exposições com obras que vão do modernismo à arte contemporânea. Ainda é tempo de se aproximar do mundo das artes em 2018; aproveite!
(1) Regina Vater, Jaqueline Martins (São Paulo)
Nesta exposição homônima, a artista faz um panorama de sua carreira, em que retoma temas sempre presentes, como o tempo e sua relação com mitos indígenas. Em alguns dos trabalhos apresentados na mostra, Regina também reflete sobre a posição social da mulher à luz do feminismo. De 27 de outubro a 19 de janeiro.
(2) Hugo Curti, Emmathomas Galeria (São Paulo)
Com referências surrealistas, Hugo Curti explora um universo fantasioso a partir de objetos do cotidiano, recompostos com intuito de ganhar funções e sentidos diversos. “O artista revela uma certa arqueologia, vista no acúmulo de materiais que são reinventados e manipulados até tornarem-se pequenas esculturas”, explica o curador da mostra Ricardo Resende. De 6 de novembro a 21 de dezembro.
Paula Costa também tem uma exposição em cartaz na Emmathomas Galeria. De 22 de novembro a 21 de dezembro.
(3) Coletiva, Zipper Galeria (São Paulo)
A exposição “África revisitada” traz destaques da coletiva “Ex Africa”, que itinerou pelo Brasil em 2018. A mostra apresenta trabalhos de artistas do continente como Leonce Raphael Agbodjelou, J. D. ‘Okhai Ojeikere, Karo Akpokiere e Nástio Mosquito. “A identidade africana moderna é marcada por uma diversidade de encontros culturais e interações, por processos de intercâmbio e aculturações”, afirma o curador Alfons Hug. De 6 de novembro a 12 de janeiro.
(4) Paulo Roberto Leal, Bergamin & Gomide (São Paulo)
Em “Uma releitura”, o artista Paulo Roberto Leal, influenciado pelos movimentos concreto e neoconcreto, explora as possibilidades e manipulações plásticas do papel. Entre os dezesseis trabalhos apresentados, a obra “Armagens” é composta por fragmentos de papel kraft dobrados no limite, antes de formarem vincos. De 8 de novembro a 2 de fevereiro de 2019.
(5) Wagner Malta Tavares, Galeria Marilia Razuk (São Paulo)
O artista multimídia Wagner Malta Tavares exibe sua individual “Meteoro” na Galeria Marilia Razuk. Neste trabalho, ele estabelece relações entre o imaginário pop, a literatura clássica, princípios construtivos e elementos impalpáveis como a luz, o ar em movimento, o calor, o frio. O intuito é ampliar o campo da arte à procura de uma possível metafísica dos corpos. De 10 de novembro a 31 de janeiro.
(6) Not Vital, Galeria Nara Roesler (São Paulo)
Na exposição “Saudade”, o artista suíço Not Vital reúne obras que testemunham suas múltiplas realidades vividas. Ele já morou e trabalhou em Agades (Nigéria), Lucca (Itália), Pequim (China), Patagônia (Chile) e Rio de Janeiro (Brasil). Sua relação com esses países fica clara nas obras exibidas. De 12 de novembro a 9 de fevereiro de 2019.
Aproveite também para conferir a exposição de Cristina Canale. De 10 de novembro a 19 de janeiro.
(7) Pedro Motta, Galeria Luisa Strina (São Paulo)
No trabalho inédito “Jardim do ócio”, o artista mineiro Pedro Motta apresenta uma série de setenta fotografias produzidas entre 2012 e 2018. Nelas, ele retrata aspectos topográficos e arquitetônicos de construções da periferia de São João del-Rei. De 8 de novembro a 11 de dezembro.
(8) Daniel Senise, Silvia Cintra + Box 4 (Rio de Janeiro)
“Biógrafo” reúne pinturas e fotografias que possuem um elemento de ligação entre si, um retângulo no centro da tela. Esse formato aparece em todas as obras da exposição, embora com tratamentos e materiais diferenciados. Daniel Senise também se propõe a reproduzir o chão de espaços abandonados em suas obras e recolher resíduos e vestígios que mostram o acúmulo de memória naquele local.
(9) José Nemer, Museu Oscar Niemeyer (Curitiba)
“Aquarelas recentes – Geometria residual” reúne cerca de cinquenta obras de José Nemer que apresentam características comuns como as dimensões e o uso do preto. “O artista impõe-se um magnífico e ambicioso desafio, que só mesmo a segurança da maturidade e o controle que dela advém permitem”, analisa o curador da exposição Agnaldo Farias. De 25 de novembro a 24 de fevereiro.
(10) Evandro Soares, Galeria Referência (Brasília)
Evandro Soares apresenta suas novas linhas de pesquisa em linguagem e materiais. Com curadoria de Mario Gioia, “Traço expandido” explora os limites do papel. “O desenho se traveste agora de outras linguagens”, cita o curador. A produção do artista deixa as páginas em branco e o grafite de seu caderno para materializar-se em objeto/instalação, site specific e fotografia.
Veja a lista completa de exposições!
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