Surpreenda-se: SP-Arte/2018 reúne quatro projetos nada convencionais de design e arquitetura

5 Apr 2018, 2:49 pm

Ocupado pelo setor Design, o terceiro andar do Pavilhão da Bienal também ganha quatro projetos especiais durante a SP-Arte/2018, além de 33 galerias e criadores independentes que dividem o piso. Por ali, carrinhos de chá feitos nos últimos 90 anos no Brasil ganham uma exposição. Também foram convidados o Museu da Casa Brasileira e a Semana Criativa de Tiradentes, que mostram algumas peças destacadas dos seus acervos. Por fim, o Projetos de Arquitetos contempla estes profissionais convidando nomes consagrados para apresentar peças de mobiliário. Confira abaixo algumas das surpresas que você irá encontrar por lá:


Os carrinhos de chá sempre foram um utensílio de desejo: eles remetem a momentos agradáveis entre amigos e rodas de conversas regadas a petiscos e bebidas. Na época em que foram criados – na Inglaterra da era Vitoriana –, as mesinhas eram as atrações principais de festas de chá. Aos poucos, sua utilidade passou a ser não tão inocente como seu nome, já que os carrinhos viraram também verdadeiros bares sobre rodas. Essas peças cheias de curiosidades ganham espaço especial na SP-Arte/2018: dezesseis carrinhos assinados por nomes emblemáticos do design e arquitetura brasileiros montam uma exposição que remonta 90 anos de história.

“É uma peça que praticamente todos os designers de renome nacional e internacional fizeram”, conta Lissa Carmona, diretora da Etel, integrante do setor Design. Ela explica: “Mais do que um utilitário, os carrinhos de chá possibilitam total liberdade na criação, já que eles estão entre o lúdico e o funcional”.

Criada em 1928, a primeira peça da exposição é assinada por Gregori Warchavchik, que criou o mobiliário para a Casa Modernista, marco arquitetônico do movimento no Brasil. Apresentada pela Etel, a peça é atemporal. O também moderno Jorge Zalszupin assina outra mesinha trazida pela Passado Composto Século XX, cujas rodas grandes e douradas foram inspiradas nos carrinhos antigos de bebês. Lina Bo Bardi assina uma mesinha de 1948 cujo exemplar original é apresentado pela Artemobília Galeria. Destaque também para peças contemporâneas como a assinada por Zanini de Zanine, da Herança Cultural.

Eles são pequenos e singelos, mas estão hoje entre os objetos mais procurados em lojas e coleções de design do mundo todo!


Durante quatro dias em outubro do ano passado, a cidade de Tiradentes (Minas Gerais) foi palco de um festival de design e artesanato que promete ter chegado para ficar. A Semana Criativa de Tiradentes reuniu profissionais da área com o intuito de valorizar os ofícios tradicionais do artesanato ao mesmo tempo que o aproxima do design, garantindo um novo frescor. Quem não pôde participar do evento, não se preocupe: ele virá a São Paulo. Mais especificamente até a SP-Arte/2018.

Objetos desenvolvidos na cidade mineira serão apresentadas no estande do evento. De luminárias a caixas decorativas, quadros e espelhos, os produtos são assinados por designers como Paulo Alves, André Bastos, Guilherme Leite Ribeiro e Maria Fernanda Paes de Barros. Eles produziram a quatro (ou mais) mãos em conjunto com os artesãos Expedito Jonas de Jesus (mestre no trabalho com pedra-sabão), Maria Conceição de Paula (bordadeira), Rondinelly dos Santos (entalhador de madeira), Lilia Fonseca (papel crepom) e Wagner Trindade (luminárias).

A segunda edição da Semana Criativa de Tiradentes acontece entre 18 e 21 de outubro e já tem presença confirmada de nomes como Marko Brajovic, Paulo Biacchi e Marcelo Rosenbaum.


O Museu da Casa Brasileira é a instituição cultural paulistana mais representativa quando o assunto é design. Com peças de desde o século XVI, o museu tem um acervo destacado de utensílios domésticos. Já o Prêmio de Design MCB, que acontece há 31 anos, vem destacando nossos maiores profissionais contemporâneos. “As nossas peças premiadas já viraram ícones do design brasileiro”, conta Giancarlo Latorraca, diretor do museu.

É por isso que a SP-Arte convidou a instituição para apresentar algumas das suas emblemáticas peças do Pavilhão: estarão por lá mobiliários de nomes como Sergio Rodrigues, Paulo Mendes da Rocha, Reno Bonzon e Jader Almeida. Também completam a mostra obras antigas do acervo, a ideia é celebrar a nova fase do museu, que vem organizando sua coleção, fazendo novas aquisições e revisitando a história do mobiliário brasileiro. Um brinde ao MCB!


Se a SP-Arte já abarca tantas expressões da arte, porque não abraçar também a arquitetura? Esses profissionais são homenageados no Projetos de Arquitetos, em que cinco nomes e escritórios consagrados foram convidados pelo Festival para apresentar suas peças de mobiliário. Bel Lobo, Fernanda Marques, Kiko Salomão, Leo Romano, Ruy Ohtake e o escritório Triptyque exibem, principalmente, peças feitas nos últimos três anos. Reunidas num espaço exclusivo do Pavilhão, os mobiliários revelam as especificidades e traços característicos de cada um dos seus criadores.

 

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