Guilherme Ginane “Cosme e Damião - Amarela com base branca”, da série “Mundos por vir", 2020. Pintura. (Detalhe)
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Conheça os novos projetos de arte independentes que participam da 17ª SP–Arte

Ane Tavares
25 Oct 2021, 6:33 pm

Os espaços independentes de artes visuais funcionam como lugar de experimentação e formação para artistas em início de carreira ou já estabelecidos e também para diversos agentes do circuito artístico, como curadores, críticos, pesquisadores, gestores, entre outros.

O caráter interdisciplinar e experimental desses espaços são fundamentais para ajudar a redefinir o circuito de artes, tanto em âmbito institucional quanto comercial.

A cada edição, a SP–Arte busca se oxigenar, se aproximando de novos públicos e abrindo espaço para novos projetos. A Feira desempenha, também, um papel importante em ajudar  a inserir esses espaços no circuito mercadológico da arte.

Confira a seguir os projetos independentes que estreiam nesta 17ª edição e marcam presença no Viewing Room da SP-Arte, em cartaz até 31 de outubro.

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Ateliê397
São Paulo

Ser um espaço para livre expressão de artistas, curadores, teóricos e outros agentes do circuito de artes visuais, promover pesquisas, formação, produção e exibição de arte contemporânea e refletir sobre o funcionamento das instituições e do circuito artístico do Brasil.  Estes são os objetivos do Ateliê397, espaço independente criado há cerca de vinte anos em São Paulo por um grupo de artistas composto por Bruna Costa, Rafael Campos Rocha e Silvia Jábali. Desde 2017, o projeto é gerido de forma coletiva por Cadu Riccioppo, Edu Marin, Flora Leite, Jaime Lauriano, Maikon Rangel, Raphael Escobar, Sergio Pinzón e Thais Rivitti.  

Nesta 17ª edição da SP-Arte, o Ateliê397 apresenta no Viewing Room da Feira uma mostra coletiva que traz um panorama dos programas em curso no espaço por meio de trabalhos dos artistas Bruna Kury, Daniel Normal, Débora Bolsoni, Edu Marin, Jéssica Lemos e Lucimélia Romão, Jéssica Lemos, Kauê Garcia, Lícida Vidal, Lorenzo Beust, Milton Tortella, Paola Ribeiro, Pino, Rafael Amorim, Sérgio Pinzón e Thia Sguoti.

Milton Tortella “Ocultação de Cadáver”, 2020. Objeto.
Rafael Amorim “dois rapazes de mãos dadas”, 2021. Fotografia.
Gabriel Branco “Victor”, 2019. Fotografia.

Espaço Delirium
São Paulo

Idealizado e gerido pelos artistas Bruno Baptistelli e Tiago Malagodi, o Espaço Delirium nasceu em junho de 2021 como um espaço independente que visa dar visibilidade à produção de artistas em início e meio de carreira. Sediado em um sobrado na Vila Buarque, em São Paulo,  o projeto adotou um modelo experimental para proporcionar maior liberdade criativa aos artistas colaboradores. No Viewing Room, o Delirium apresenta uma síntese de suas atividades com obras de Gabriel Branco, João Paulo Racy, Manauara Clandestina e Raquel Uendi.

João Paulo Racy “Construir, destruir, reconstruir.”, 2010-2019. Fotografia.
Raquel Uendi, Sem título, 2021. Obras em papel/Desenho.
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Casa Chama
São Paulo

Fundada em 2018, a Casa Chama é uma organização não governamental (ONG) baseada no Centro de São Paulo e fundada e coordenada por pessoas transvestigêneres. A atuação sociopolítica e cultural do projeto visa garantir emancipação, valorização e qualidade de vida para as populações trans. 

A ação Salve a Casa Chama, exibida no Viewing Room da SP–Arte, é uma resposta aos desafios que a ONG atravessa atualmente, como a pouca infraestrutura e autonomia financeira para dar andamento às ações. A mostra virtual reúne obras de Alice Yura, Ana Matheus Abbade, Ana Prata, Ana Raylander Mártis dos Anjos, Bruna Kury, Cibelle Cavalli Bastos, Gaé Charrí, Gretta Sarfaty, Jefferson Santiago, Jonas Van, Leda Catunda, Lenora de Barros, Manauara Clandestina, Mogli Saura, Pêdra Costa, Rosa Luz, Sládka Medusa, Tadáskía e Vulcanica Pokaropa, e tem como objetivo levantar recursos financeiros para a manutenção das atividades do espaço, além de congregar artistas que, juntes, têm interesse em apoiar o projeto. 

Gretta Sarfaty “Body Works III”, 1977-2003. Fotografia.
Sládka Medusa “/93NullArt”, 2017. Fotografia.
Zé Carols Garcia "Cosme e Damião", da série "Mundos por vir", 2019. Fotografia.

Potência Ativa
Rio de Janeiro

Idealizada em novembro de 2020 pelas curadoras Gabriela Davies, Maíra Marques e Paula Borghi, o Potência Ativa é uma articulação de projetos de arte que debate as urgências do mundo e gera recursos para organizações que trabalham diariamente no front das lutas sociais. Na SP-Arte, o projeto apresenta duas exposições online com obras de Guilherme Ginane, Laura Lima, Marcos Cardoso, Rafael Alonso, Ricardo Basbaum, Traplev e Zé Carlos Garcia. 

A ação é fruto de uma parceria do Potência Ativa com o Milhas Pela Vida das Mulheres, instituição sem fins lucrativos que auxilia mulheres brasileiras a acessarem aborto legal e seguro dentro do Brasil nos casos previstos em lei ou em países vizinhos com leis mais amplas quando não se encaixam nas nossas, e o Lanchonete <> Lanchonete, uma Associação Cultural sem fins lucrativos criada com, para e na Pequena África, bairro Gamboa no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Ricardo Basbaum “Uma experiência NBP na Lanchonete Lanchonete”, da série “Mundos por vir", 1989-2018. Fotografia.
Rafael Alonso “Casa para Felipe”, da série “Mundos por vir", 2019-2021. Pintura.

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