Tem Arte Rupestre, Aleijadinho, Niemeyer... Veja a lista dos bens tombados pela Unesco no Brasil

23 out 2017, 15h55

Na última semana a Unesco virou destaque nas notícias do mundo todo depois que Donald Trump anunciou oficialmente a retirada dos EUA da instituição, seguido imediatamente por Israel. Os dois países acusam a Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura de adotar políticas anti-Israel nos últimos anos. O mais importante braço da ONU para a preservação do patrimônio e entidades culturais tem muito a perder sem o apoio dos dois países. Apesar do impacto desta crise, a instituição se mantém como referência no crivo dos maiores símbolos culturais do mundo.

A SP-Arte foi atrás do papel desempenhado pela Unesco no Brasil e descobriu a lista completa dos nossos bens materiais escolhidos como patrimônios históricos da humanidade. De Norte a Sul do país, 14 diferentes sítios já foram tombados pela instituição. Para os brasileiros, que estão fora desta briga de gigantes que abala as estruturas da Unesco, vale sempre relembrar essa lista, para se orgulharem da diversidade e riqueza cultural do país e, principalmente, para preservar o seu patrimônio.

Veja a lista completa:


  • Centro Histórico de Ouro Preto, Minas Gerais 

Foi o primeiro bem brasileiro tombado pela Unesco, em 1980. Suba as ladeiras e se equilibre pelas ruas de pedra para fazer uma viagem ao tempo e voltar ao Brasil Colônia quando o ouro das minas alimentava o reino de Portugal. A cidade é linda, cheia de gente jovem, bares, além da tradicional comida mineira.

 


  • Centro Histórico de Olinda, Pernambuco

Fundada em 1535, Olinda já foi sede da Colônia e durante seu período mais rico tinha uma opulência que só era equiparada às maiores cidades de Portugal. No século seguinte, Holanda e Portugal se enfrentaram pelo controle da cidade. Passear hoje pelas suas ladeiras ao som de um bom bloco de frevo é dos programas mais agradáveis para se fazer.


  • Ruínas de São Miguel, Rio Grande do Sul

As ruínas de São Miguel das Missões estão bem no coração dos Pampas, com aquela típica vegetação verdinha das planícies gaúchas. As ruínas, impressionantes, são resquícios de cinco missões jesuíticas durante os séculos XVII e XVIII, quando o território ainda era habitado pelos índios guaranis.


  • Centro Histórico de Salvador, Bahia

Primeira capital do Brasil, Salvador se formou com a mistura das culturas europeia, africana e ameríndia. Subir o Pelourinho e apreciar os seus sobrados com cores fortes é resgatar parte deste passado. Além da arquitetura, os fortes laços culturais da população local com sua origem africana, fazem de Salvador uma cidade diferente de tudo que você já viu.


  • Santuário do Senhor Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas do Campo, Minas Gerais

O santuário, situado ao sul de Belo Horizonte, data da segunda metade do século XVIII. É formado por uma igreja toda decorada em estilo rococó, mas é a parte externa que mais deu fama ao local. Ali estão as estátuas dos Doze Profetas e seis capelas com esculturas de Aleijadinho.


  • Plano Piloto de Brasília, Distrito Federal

Projetada em 1956 por Oscar Niemeyer e Lucio Costa, Brasília é até hoje um dos maiores marcos arquitetônicos do país. Vista de cima ou atravessando suas largas avenidas, Brasília tem uma simetria e uma uniformidade únicas no design.


  • Parque Nacional da Serra da Capivara, São Raimundo Nonato, Piauí

Além da riqueza ambiental e das impressionantes formações rochosas, o parque é um santuário histórico e cultural, que abriga 400 sítios arqueológicos com pinturas e gravuras rupestres que datam de cerca de 43 mil anos.


  • Centro Histórico de São Luis, Maranhão

Primeiro foram os franceses que a fundaram, em seguida os holandeses a invadiram. Mas veio dos portugueses a maior influência sobre o casarios coloridos, as escadarias e a paredes azulejadas que dão a identidade inconfundível ao Centro Histórico de São Luis.


  • Centro Histórico de Diamantina, Minas Gerais

Encravada nas montanhas rochosas de Minas, Diamantina surgiu a partir da façanha dos exploradores, que ocuparam a região atrás da riqueza de diamantes de suas minas. Fundada no início do século XVII, a cidade guarda intacto grande parte do seu patrimônio, exposto nas suas fachadas, calçamento e igrejas.


  • Centro Histórico da Cidade de Goiás, Goiás

Goiás testemunhou a colonização central do Brasil ao longo dos séculos XVIII e XIX. A arquitetura é modesta, mas a harmonia entre a arquitetura pública e privada dá um charme todo especial e deixa a cidade com aquele jeito aconchegante de lugarejo do interior.


  • Praça de São Francisco, São Cristóvão, Sergipe.

O quadrilátero é cercado pelas construções mais relevantes da cidade na época de sua fundação, como a Igreja e o Convento de São Francisco, a Igreja e a Santa Casa de Misericórdia, o Palácio Provincial e todo um conjunto arquitetônico com exemplares dos séculos XVIII e XIX.


  • Rio de Janeiro, a montanha e o mar

É tanta beleza que todo o cenário formado pela união das pedras, montanhas, mar e prédios foi tombado pela Unesco. As matas e trilhas da Floresta da Tijuca, o recorte único da Baía de Guanabara, o Morro da Pão da Açúcar, na Urca, a exuberância do Jardim Botânico e o azul do mar são apenas alguns dos elementos que fizeram da paisagem do Rio patrimônio do mundo.


  • Conjunto Moderno da Pampulha, Belo Horizonte, Minas Gerais

Projeto desenvolvido por Oscar Niemeyer e pelo paisagista Roberto Burle Marx, o conjunto é formado por edifícios, espelho d’água de um lago artificial e sua orla. A capela de Niemeyer em concreto armado é uma das obras primas da área e virou símbolo maior da capital mineira.


  • Sítio arqueológico do Cais do Valongo, Rio de Janeiro

Em 2011, durante as escavações realizadas como parte das obras de revitalização da zona portuária do Rio, foram descobertos dois ancoradouros, um sobre o outro, e, junto a eles, uma grande quantidade de amuletos e objetos de culto originários do Congo, de Angola e Moçambique. São os únicos vestígios encontrados até hoje da chegada dos escravos africanos nas Américas.

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