Criação com o filtro "Seu amiguinho", de @vitacaio (Foto: Felipe Chodin)
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A arte dos filtros de Instagram

Giovana Christ
16 jan 2020, 11h43

Com origem nos remotos tempos do Snapchat (quem nunca colocou uma cara de cachorro nos amigos), agora vivemos o boom dos filtros, sobretudo no Instagram. A plataforma de publicação de imagens permite que os usuários criem máscaras e efeitos digitais para incrementarem suas fotos. Selecionamos cinco artistas que vem desenvolvendo trabalhos em filtros do Instagram e conversamos com eles sobre o processo criativo por trás desse novo tipo de site-specific. Confira!

Acima: Criação com o filtro "Seu amiguinho", de @vitacaio (Foto: Felipe Chodin)

Filtro "EPT Mewoja", de @igiayedun (Foto: Reprodução)
Filtro "EPT Shanivum", de @igiayedun (Foto: Reprodução)

Filtro "EPT Mewoja", de @igiayedun (Foto: Reprodução)

Filtro "EPT Shanivum", de @igiayedun (Foto: Reprodução)

@igiayedun

Igi Ayedun transita entre o mundo da moda e das artes visuais. Utiliza-se de técnicas como pintura, ilustração, escultura, instalação têxtil, vídeo, colagem, fotografia, som e, agora, efeitos digitais nas redes sociais. Seus filtros foram criados em parceria com o artista Gabriel Massan, para uma mostra individual sobre técnicas têxteis ancestrais. As peças expostas foram texturizadas através de um processo artesanal e digitalizadas por meio da fotografia, para então entrarem em uma situação de realidade aumentada. Nos filtros de Igi, é possível emoldurar o rosto em uma espécie de tiara, ou projetar duas esculturas no ambiente registrado.

Filtro "Plastic Bonite", de @aevtarperform (Foto: Reprodução)
Filtro "TatoCocoLove", de @aevtarperform (Foto: Reprodução)

Filtro "Plastic Bonite", de @aevtarperform (Foto: Reprodução)

Filtro "TatoCocoLove", de @aevtarperform (Foto: Reprodução)

@aevtarperform

Cibelle Cavalli Bastos é artista, música, pesquisadora e ativista que trabalha entre Londres, Berlim e São Paulo. Sua trajetória é permeada por exposições na 28ª Bienal de São Paulo, Masp, CCBB-SP e inúmeras instituições internacionais. Com mais de vinte filtros em seu perfil no Instagram, a artista permite que você veja sua cara tatuada, estampe pronomes nas bochechas, ou então, transforme sua pele em um plástico brilhante.

Filtro "Super superficial", de @simon_simon (Foto: Reprodução)

Filtro "Super superficial", de @simon_simon (Foto: Reprodução)

@simon_simon

Simon Fernandes sempre foi um estudioso da arte do reconhecimento facial, tendo antes de entrar no Instagram criado uma ferramenta para contabilizar os visitantes em seu estúdio. Seu filtro disponível na rede social foi uma etapa importante no processo de criação de seu trabalho. Visando criar uma pintura por meio do Instagram, “Super superficial” fez parte de uma exposição feita em Seul, na Coreia do Sul.

Filtro "Insta Meat", de @vitacaio (Foto: Reprodução)
Filtro "Biroliro", de @vitacaio (Foto: Reprodução)

Filtro "Insta Meat", de @vitacaio (Foto: Reprodução)

Filtro "Biroliro", de @vitacaio (Foto: Reprodução)

@vitacaio

Caio Vita é artista visual e designer brasileiro multidisciplinar que atualmente mora na Holanda. Seus filtros fogem totalmente do esperado. Abra seu Instagram e se depare com um Dollyinho que dança em cima da mesa, coloque sua cara em uma bandeja de carne moída,  pinte a cara com uma borboleta no filtro “Humans of Protesto” ou aproveite a ferramenta para fazer uma crítica política a Jair Bolsonaro.

Filtro "Nahal", de @iganagrellet (Foto: Reprodução)
Filtro "Nobody", de @iganagrellet (Foto: Reprodução)

Filtro "Nahal", de @iganagrellet (Foto: Reprodução)

Filtro "Nobody", de @iganagrellet (Foto: Reprodução)

@iganagrellet

Igana já tinha familiaridade com técnicas de realidade aumentada em seu trabalho e agora procura criar filtros virais com um toque artístico, mais caprichados do que os produzidos pelos outros criadores, a exemplo de “Joker”, que bombou na época do lançamento do filme “Coringa”. Usuário da ferramenta desde sua fase beta, o artista diz que a parte mais difícil é lidar com a plataforma de criação desses filtros, em que é preciso ter conhecimentos sobre programação e realidade aumentada. Por meio de seus trabalhos, é possível se colocar dentro de uma de suas obras de arte (filtro “Nahal”), fingir que está na série “Breaking Bad” (“Say My Name”), ou incluir um cocô gigante no meio da sala (usando o “Popô”).


Giovana Christ é estudante de jornalismo (ECA–USP), entusiasta do carnaval brasileiro e apaixonada por todos os tipos de manifestações culturais. Faz parte da equipe editorial da SP-Arte.

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