A identidade visual da 13ª edição da SP-Foto se inspira em fotos da cidade de São Paulo; Saiba mais!

14 ago 2019, 17h58

por barbara mastrobuono

 

Em 2019 a SP-Arte estreou sua nova identidade visual. A primeira versão do logo surge com o lançamento da Feira em 2005 e é desenhado pelo histórico escritório de Cauduro Martino. Quatro anos depois, o logo passa a ser assinado por Raul Loureiro. E este ano, recebe uma repaginação pela equipe de design formada na época por Felipe Chodin, Alexandre Drobac e Julia Kaffka. Em sua nova encarnação, o logo assume uma visualidade de peso maior, com o uso da fonte Circular e letras em caixa alta, trazendo mais presença e contraste visual para a marca. O traço que conecta SP à Arte, por sua vez, passa a assumir um papel multidimensional, pivô de brincadeiras e desdobramentos visuais em tudo que tange à ideia de conexão: uma cidade conectada a arte, a arte conectada a pessoas.

A SP-Foto chega este ano à sua 13ª edição e passa agora pelo processo de inserção no pensamento mais amplo da marca. Enquanto a comunicação visual da SP-Arte 2019 foi estruturada de forma a reforçar a nova identidade institucional, com ênfase nos traços e movimentos horizontais e o uso das cores clássicas da Feira como o vermelho (presente no traço que conecta SP à Arte), existiu para a SP-Foto uma liberdade maior, assim como mais espaço para entender as diferentes possibilidades das aplicações das diretrizes da identidade institucional. O princípio de horizontalidade aplicada na Arte é reinterpretado para a Foto, passando a ser expressado não por linhas sequenciais, mas pelo movimento dos itálicos e inserção livre do texto, refletida na variação de recuos.

A criação se deu aos poucos, tendo como norte apenas a ideia de se utilizar fotografias como eixo central. Foi selecionada uma série de fotos realizada pelo designer e fotógrafo Alexandre Drobac, que retratava a cidade de São Paulo. Chodin e Drobac, que também assinam a identidade da SP-Foto como um todo, comentam que o que chamou atenção na série foi justamente a quantidade de aberturas, janelas e vãos retratados, e a persistente falta de horizonte da cidade.


Ao unir as imagens e força-las a dialogar entre si, são criados contornos em cima das sobreposições, que remetem a plantas de arquitetura – formas geométricas abrangendo um vazio que a tudo pode conter. O efeito é o de criação de uma janela para a cidade, uma cidade cuja paisagem é construída pela soma de seus prédios. Seguindo o exemplo de Lina Bo Bardi, a janela é pensada não apenas esquadro e vidro, e sim um recorte com infinitas possibilidades.

As cores eleitas para essa edição são integrantes da série Pantone Under the Sea. Cores claras e de certa forma pacificadoras, como um coral alaranjado (Living Coral) e um azul turquesa (Turkish Sea) que contrastam com a dureza cinza que colore essa cidade. Pelos contornos caleidoscópicos que contêm as imagens vemos uma São Paulo tingida a qual não conhecemos.

De forma divertida, nos lembramos dos quebra-cabeças geométricos da infância. Temos algumas chances de acertar os círculos, quadrados e triângulos nos buracos. Os textos correm à sua volta, inclinados, criando um movimento que complementa o silêncio do lado de fora da janela. A união do movimento em primeiro plano e a imobilidade colorida e pacata no segundo plano externo cria um contraste interessante de velocidade e repouso. A fotografia abrindo nossos olhos para ver novas facetas de prédios cansados.

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