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SP–Arte

Get to know Radar SP–Arte!

16 Mar 2022, 12:21 pm

Para a sua 18ª edição, a SP–Arte – que acontece de 6 a 10 de abril no Pavilhão da Bienal, no Parque Ibirapuera – conta com a participação de projetos especiais que ampliam o escopo da atuação da Feira, além de mais de 100 galerias de arte, 30 galerias de design e 12 editoras.

Com a nova edição, o Festival consolida seu papel de catalisador do mercado nacional das artes visuais e impulsionador da economia criativa da cidade. Neste ano, ainda, ela amplia seu alcance com a retomada de participações institucionais e com a introdução de novo setor chamado Radar SP–Arte, para a participação inédita de espaços autônomos e ONGs, além de uma curadoria de artistas sem representação comercial.

Conheça mais abaixo sobre o setor, que é patrocinado pela Vivo! 📡

Radar SP–Arte

O mais novo setor da Feira, Radar SP–Arte é um programa inédito da SP–Arte que busca aproximar o mercado e o público de agentes autônomos (artistas, espaços autogeridos) que constituem o sistema de arte. É uma plataforma de promoção e contato, que expande a atuação estritamente comercial da Feira ao incentivar outras formas de conexão e diálogo, desde o centro do mercado da arte.

Na primeira edição, durante a 18ª SP–Arte, o Radar SP–Arte será formado por uma curadoria de Felipe Molitor de nove artistas que não possuem representação comercial, intitulada Hora grande. Um dos objetivos é apresentar nomes em ascensão para o mercado e o grande público, favorecendo sua inserção profissional em todo o sistema da arte.

Além disso, o Radar conta com a participação presencial de cinco coletivos e espaços autônomos de arte, que apresentarão seus projetos em pequenas exposições comerciais ou institucionais. São eles: 01.01 Art Platform, Casa Chama, GDA, MT Projetos de Arte e Nacional TROVOA.

“Nkisi Aluvaiá”, Kuta Ndumbu, foto de David Kandimba

01.01 Art Platform
São Paulo

01.01 é uma plataforma de arte que oferece uma maneira mais consciente e sustentável de adquirir arte contemporânea, com foco na produção africana e afro-diaspórica. Criada por artistas e curadores africanos/brasileiros, é apoiada por instituições no Reino Unido, Portugal e Gana. Seu objetivo é reverter antigas rotas de comércio de escravidão em um circuito de intercâmbio cultural, promovendo maneiras justas de colecionar e consumir arte.

 

Casa Chama

Casa Chama
São Paulo

A Casa Chama é uma ONG fundada e coordenada por pessoas transvestigêneres, cuja atuação sociopolítica e cultural visa a garantir emancipação, valorização e qualidade de vida para as populações trans. Compreendendo a carência de direitos básicos e a constante marginalização de corpos trans, atuam junto ao poder público e privado buscando garantir suporte jurídico, econômico, psicológico, médico e cultural à comunidade.

“Bandeira Afro-Brasileira (em diálogo com David Hammons)”, Bruno Baptistelli, 2020

GDA
São Paulo

Composta por um grupo de artistas articulado ao redor da produção e venda de seus próprios trabalhos, essa plataforma foi criada para circular, apresentar e viabilizar seus trabalhos de arte, assim como para se posicionarem ativamente nas decisões e ações financeiras, contratuais e mercadológicas que compõem sua atuação.

 

“Sonho ou Sobrevivência”, Jota, foto de Jaime Acioli

MT Projetos de Arte
Rio de Janeiro

É uma plataforma de apoio a novos artistas e a artistas veteranos pouco lembrados no circuito de artes. “O MT Projetos de Arte apoia artistas que são de lugares periféricos e não pertencem ao mainstream das artes. Oferecemos espaço para trabalharem, material e agenciamos as obras, fazendo a ponte com colecionadores importantes. O nosso lucro é revertido integralmente para apoio aos artistas”, explica a colecionadora Margareth Telles, fundadora do MT Projetos de Arte.

"Má formação", Bianca Leite, 2020

Nacional TROVOA
Brasil

O levante Nacional TROVOA é um coletivo de artistas visuais e curadoras racializadas das cinco regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul). Até o momento o levante mapeou onze estados, sendo eles Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Fundado em 2017 na cidade do Rio de Janeiro, o Nacional TROVOA nasce a partir das preocupações iniciais de quatro jovens mulheres e reivindica urgência na discussão sobre o sistema de arte no Brasil com especial atenção à visibilidade e inserção das artistas racializadas cis e trans nesse circuito.

Leia abaixo o texto curatorial do Nacional TROVOA para a 18ª SP–Arte:

Mergulho ao infinito

Ato ou efeito de mergulhar(-se), de lançar(-se) à água.

Explorando a diversidade presente na ação do mergulho, movimento que propõe distintos diálogos entre a submersão do corpo e materialidade, expandir os sentidos físicos e sensoriais ligados à essa experiência desdobram-se em dinâmicas vividas cotidianamente. Flexionar a temporalidade das ações constrói outras proximidades com o tempo não cronológico-linear, abrindo uma reflexão
sobre a necessidade de pensarmos outros parâmetros de mergulhar e emergir em sistemas e redes que fortaleçam ideais, lógicas e agrupamentos que viabilizam novas rotas de organização do pensar criativo descentralizado.

A curadoria desta exposição decorre não apenas nas expressões visuais, mas em práticas e estéticas que convocam a imersão do gestual e conceitual do processo criativo vivido por artistas no constante desafio de produção na contemporaneidade em território nacional. Ao longo dessa amostra, será compartilhado conhecimentos de artistas-visuais convidadas a manejar-interpretar à sua forma o conceito curatorial e também, a sua aplicação no desenvolvimento de narrativas e experiências na arte, utilizando de técnicas e narrativas múltiplas como ferramentas objetivas para expor-aprofundar as relações entre os trabalhos e ao mergulho ao infinito.

Nacional TROVOA

Estudos para as obras de Simon Fernandes
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Hora grande

Com curadoria do crítico Felipe Molitor, a exposição Hora grande apresenta a pesquisa artística de nove artistas:

Allan Pinheiro (1993, Rio de Janeiro, RJ), Anitta Boa Vida (1985, Rio de Janeiro, RJ), Felipa Queiroz (1995, Porto Alegre, RS), Luisa Brandelli (1990, Porto Alegre, RS), Natalie Braido (1996, São Paulo, SP), Raphaela Melsohn (1993, São Paulo, SP), Simon Fernandes (1982, Fortaleza, CE), Tatiana Chalhoub (1987, Rio de Janeiro, RJ) e Yhuri Cruz (1991, Rio de Janeiro, RJ).

Sua proposta de base é reunir artistas que possuem até dez anos de carreira, reconhecidos pelo uso experimental de materiais e linguagens diversas – do orgânico ao industrial, do mole ao duro, do perene ao efêmero. Dispostas em uma área quase em paredes, atravessadas pela luz diurna e noturna do parque, as obras assumem posições ativas com o público, envolvendo noções de movimento, força e instabilidade.

Como consequência deste encontro dinâmico, surgem temas que entrelaçam poéticas aparentemente díspares, como a violência, resistência, desejo e erotismo.

Em uma parceria inédita com o Instituto Inclusartiz, a SP–Arte premiará um dos artistas participantes com uma bolsa-residência de dois meses no Rio de Janeiro. O júri será formado por Fernanda Feitosa, diretora da SP–Arte, e Frances Reynolds, fundadora do Inclusartiz.

Fundado em 1997, o Instituto Inclusartiz é uma organização cultural não governamental, sem fins lucrativos, sediada no Rio de Janeiro. Sua missão é fomentar a arte contemporânea nacional e internacional através da formação de artistas, curadores e pesquisadores em várias etapas de suas trajetórias, com o objetivo de promover a integração social, a diversidade cultural, a sustentabilidade e a colaboração entre instituições, organizações e agentes do setor. À frente de um dos mais prestigiados e completos programas de residências artísticas do país, o Inclusartiz já hospedou mais de trinta nomes do segmento, incluindo profissionais renomados e talentos promissores.

Cripta N°4, Yhuri Cruz

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