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SP–Arte 2022

O curadora e jornalista Ana Carolina Ralston organiza, na 18ª edição da SP–Arte, uma exposição inédita que foca nas relações entre arte e natureza

SP–Arte
10 abr 2022, 8h

A partir da premissa de ressignificar aquilo que nos rodeia, que se torna a chave para a continuidade da vida humana como parte do meio ambiente, a exposição Arte natureza: ressignificar para viver de Ana Carolina Ralston posiciona a questão ambiental, vista a partir do ponto de vista dos artistas, no centro do mais importante parque da maior cidade América Latina.

Obras de artistas-chave para discutir a questão, como Frans Krajcberg, Joseph Beuys e Ernesto Neto ocupam o térreo do Pavilhão da Bienal na 18ª edição da SP–Arte.

https://www.artnews.com/art-news/news/nfts-sp-arte-1234624437/

https://www.artnews.com/art-news/news/nfts-sp-arte-1234624437/

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Ouça aqui o audioguia da exposição, na voz da curadora.

A exposição Arte natureza: ressignificar para viver tem expografia de Rodrigo Ohtake e é patrocinada pela Orizon.

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Leia abaixo o texto curatorial:

Arte natureza: ressignificar para viver

Junho de 1802. O naturalista e explorador alemão Alexander von Humboldt (1769-1859) escalava o Chimborazo, nos Andes, até então tido como o ponto mais alto do mundo, quando teve uma epifania que mudaria o rumo da ciência: tudo na natureza está ligado. O imponente vulcão é protagonista de seu famoso desenho “Naturgemülde”, no qual Humboldt apresenta dados como a temperatura, umidade e pressão atmosférica, permitindo, dessa forma, estabelecer relações entre a vegetação local e a de outras áreas. Esta classificação revolucionou o entendimento da natureza que temos até os dias de hoje, dando-nos a noção atual de Ecologia: a ideia da natureza como organismo vivo. Essa premissa norteia a exposição Arte natureza: ressignificar para viver, em cartaz na 18ª edição da SP–Arte.

O ressignificar daquilo que nos rodeia é chave para a sequência da vida humana como parte do meio. A transformação de matéria, assim como sua compensação em outros elementos, torna o equilíbrio e, consequentemente a nossa permanência na Terra, possíveis. Nada mais efetivo do que colocar tal diálogo em meio a um dos principais parques da América Latina, onde humanidade, arte e ambiente se encontram e coexistem. Percorrendo o centro da exposição está uma longa estrutura de madeira no formato da constelação ursa maior, reiterando a relevância da conexão entre céu e terra. Acerca dela estão expostas produções de 21 artistas que tocam de diferentes formas o universo da ecologia e da sustentabilidade, seja por meio da matéria-prima utilizada ou do discurso, que promove a reflexão acerca da preservação.

Como disse o artista e ativista alemão Joseph Beuys (1921-1986), figura central desta mostra e do movimento arte natureza, ao explicar sua famosa frase A revolução somos nós, “as pessoas poderiam fazer a revolução se usassem seu próprio poder, mas elas não estão conscientes do enorme poder que têm, e é por isso que não se faz nenhuma revolução”. Mas as portas seguem abertas e a arte é certamente uma das formas para alcançarmos tal pensamento e o colocarmos finalmente em ação.

Ana Carolina Ralston
Curadora

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição, obra de Daniel Acosta (Créditos: Divulgação SP–Arte)
Vista da exposição, obras de Joseph Beuys (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição, obra de Daniel Acosta (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição, obras de Joseph Beuys (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Artistas participantes Amelia Toledo, Bené Fonteles, Caio Reisewitz, Daiara Tukano, Daniel Acosta, Deco Adjiman, Ernesto Neto, Frans Krajcberg, Henrique Oliveira, Hugo Fortes, João Farkas, José Bento, Joseph Beuys, Juliana Cerqueira Leite, Juliana dos Santos, Luiz Zerbini, Mariana Palma, Paula Costa, Regina Vater, Sonia Gomes, Uýra Sodoma

Patrocínio Orizon

Vista da exposição, obra de UÝRA (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição, obra de UÝRA (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)
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Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Fernanda Feitosa, Ana Carolina Ralston e Gabriela Prioli (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Fernanda Feitosa, Ana Carolina Ralston e Gabriela Prioli (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

Vista da exposição (Créditos: Divulgação SP–Arte)

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