Victor Mattina

Brasil, 1985


Sobre

Desde 2010 vem investigando, através da pintura, as particularidades das imagens produzidas em ambientes associados a rituais, crimes ou distúrbios, lugares ou situações onde também é possível observar os efeitos de condutas que fogem dos padrões da racionalidade.

Visitando hospitais psiquiátricos, igrejas, cemitérios, coletando álbuns de fotografias de desconhecidos, livros de medicina, stills de filmes, registros de perícias policiais, fotografias de fantasias eróticas ou de integrantes do al-Qaeda, Mattina procura entender até que ponto a dor e o prazer podem ser concebidas como sensações dissociadas uma da outra. Suas pinturas partem de imagens pré-existentes, e embora se manifestem por meio de uma linguagem mais figurativa, buscam um distanciamento da imagem fotográfica, seja pelo uso de tons menos saturados, seja pelo uso de contornos distorcidos que reduzem a definição dos elementos que compõem as cenas. Suas pinturas "desbotadas" nos remetem a um tempo em suspensão, o tempo das flores que murcham esquecidas em cima das lápides ou das fotos guardadas em baús que vão perdendo a cor com o passar dos anos. Mattina nos dá acesso a essa temporalidade através de imagens silenciosas, onde pouca coisa parece acontecer, somente o lento e quase imperceptível movimento dos vestígios de alguma situação – talvez trágica, talvez mágica– que já foi ou que ainda virá.

Em 2018, Mattina integrou a exposição coletiva "A Luz que Vela o Corpo é a mesma que Revela a Tela" na Caixa Cultural, Rio de Janeiro, Brasil e apresentou a individual "Antes do Fórum", com Curadoria de Evangelina Seiler, no Paço Imperial, Rio de Janeiro, Brasil.

Fonte: Galeria Marcelo Guarnieri

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