SP-Arte Picks: listamos nossas obras favoritas da 32ª Bienal de São Paulo

18 nov 2016, 11h55

"WHILE I WRITE" by Grada Kilomba - Grada Kilomba

"WHILE I WRITE" by Grada Kilomba

grada kilomba

 

Com a frase “O racismo é uma problemática branca”, a portuguesa Grada Kilomba resume a força da sua obra exposta na 32ª Bienal de São Paulo. Intitulado Projeto Desejo, o trabalho é composto por três vídeos e discute racismo, discriminação e opressão dos negros, resultado de uma tragédia colonial cujos danos sociais perduram até hoje.

(Pedro, arquiteto, e Marina, comunicação)


CAROLINA CAYCEDO

 

A Gente Rio, de Carolina Caycedo, trata da vida em rios e suas margens. A obra é composta por diferentes elementos, como desenhos que contam as narrativas dos rios Yuma (Colômbia), Yaqui (México), Elwha (EUA), Watu, conhecido como Rio Doce, e Iguaçu (Brasil).

(Natacha, relações internacionais)


dalton paula

 

Vencedor do Prêmio Illy Sustain Art na SP-Arte/2016, Dalton Paula segue com sua pesquisa sobre a representatividade dos povos negros e indígenas na formação do Brasil. Sua nova série, que investiga o cultivo e a produção do tabaco em cidades brasileiras e cubanas, é o trabalho que mais me comove nesta Bienal: alguidares (pratos cerâmicos que recebem oferendas em rituais religiosos) são transformados em telas, nas quais mulheres e homens negros em tinta a óleo são protagonistas.

(Tringoni, conteúdo e redes sociais)


anawana haloba

 

A instalação Close-Up, da zambiana Anawana Haloba, me encantou pelas transformações sofridas pelos cubos de sal durante a exposição: dissolução, liquefação, reflexos. A referência histórica do mineral como moeda de troca e a relação com os fluidos do corpo humano traz uma obra de beleza muito singela e contemplativa.

(Cristina, designer)


bárbara wagner

 

No vídeo Estás vendo coisas, a artista Bárbara Wagner, em parceria com Benjamin de Burca, apresenta o brega como música, dança, cena cultural e parte da economia criativa da periferia do Recife. A artista dirige personagens, DJs, MCs, bailarinos, produtores e empresários, que também dirigem a si próprios. Para mim, esse é um filme sobre filmes; nele, o real e o produzido se misturam. Com o vídeo, a artista empodera o estilo marginal e periférico, que ganha voz e autoestima.

(Chodin, designer)


pierre huyghe

 

A obra Des-extinção, do francês Pierre Huyghe, é uma instalação em dois ambientes. Numa sala está o vídeo que navega por uma pedra de âmbar – resina fóssil em que observamos insetos de 30 milhões de anos atrás. Seu aspecto de pedra preciosa traz certo lirismo às imagens, capturadas em superclose de altíssima definição, que se combinam de maneira bem transcendental. Em outro espaço, insetos gerados em laboratórios dão tom futurista ao trabalho, criando uma linha no tempo a partir de seres vivos, num jogo entre vida e morte.

(Bruna, conteúdo e edição)

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